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O Falar Cotidiano do Comum pelos Anões

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Mensagem por Peti Sex Jan 22, 2010 9:09 pm

O Falar do Comum pelos Anões

Por Ed Greenwood
Tradução por Ricardo Costa.



"Agora," Azoun murmurou. "Por aqui . . ."

Ele estendeu a mão para sua rainha e a puxou para frente — somente para impulsionar seu braço como uma barra de ferro para erguer repentina e silenciosamente o seu dedo para seus lábios e apontar para a parede.

Uma voz masculina rouca pode ser ouvida rosnando fracamente, "Uma bela martelada essa!"

Filfaeril levantou uma de suas sobrancelhas em uma pergunta silenciosa. Azoun sorriu, e com dedo erguido gesticulou como se dissesse “Eu irei explicar isto. Vou mesmo”', evitando qualquer comentário que ela poderia fazer, e depois inclinou a cabeça para ouvir o que mais o falante oculto tinha a dizer.

Anões têm sua própria e altiva língua, mas um crescente número do Povo Vigoroso (resultado da convivência e o trabalho com humanos e outras raças da superfície de Faerûn) falam Comum diariamente.

Aqui se segue um bom punhado de notas lingüísticas do “Comum Anão” (isto é, dizeres e palavras inventadas, freqüentemente pronunciadas por anões quando falam Comum).

Uma quedinha! (originalmente acompanhado por deixar um punhado esparso de areia ou cascalho cair da palma de uma mão) – significando “Lá se vai!” (Ou, para os falantes modernos da vida real, uma variação de “É a vida!” ou “O que se há de fazer?”).

Uma bela martelada! — algo satisfatoriamente bom, como uma refeição, uma briga, uma decisão ou confrontação vitoriosa.

Barba enrolada — algo amargo ou de sabor ou cheiro desagradável, ou algo nauseante.

Darrown (pronuncia-se "darr-OW-nn") — nobre, superior, sublime ao modo dos anões e louvável (até mesmo um ato ou fala de um não-anão, tal como o ato de um elfo que arrisca a sua vida para salvar um anão em batalha).

Galakkur — aplica-se a qualquer coisa desordenada, bagunçada ou mal-feita. A palavra é derivada do nome de um lendário anão que fazia tudo rápido mas de maneira apressada, descuidando até de conseqüências óbvias. O verdadeiro Galakkur viveu a cerca de oito séculos atrás. Lendas de tavernas lhe dão vários e improváveis finais infelizes. Seus feitos desastrados têm sido grandemente exagerados pela adição de muitas histórias inventadas sobre sua vida e feitos.

Nariz dourado — arrogante (comportamento chamado de "nariz empinado" por qualquer humano nos reinos que não seja membro, ou tente fingir ser, das classes altas). Anões acham tal comportamento desprezível em elfos e divertidamente tolo quando praticado por humanos.

Ho! Esse tinha dentes! — usado em comentários sobre algo grande e desconfortável como um arroto, uma flatulência, uma pancada na cabeça ou uma queda.

Mardarl — um esforço para esconder algo, seja fisicamente, seja por reter informação (ou mudar a direção da conversa para outro tópico, imediatamente). Um exemplo pode ser um nome falso, particularmente usado para esconder o gênero (por exemplo, uma anã usando um nome como Brokh ou Garlfang para fazer não anãos pensarem estar lhe dando com um anão).

Ogurkh (pronuncia-se"OH-gurk") — algo inacreditável, insano ou monumentalmente estúpido, ou resultado de ações loucas, idiotas ou muito difíceis de se acreditar. “Marcando o próprio ogurkh" é um comentário irritado de um anão que tenta ser polido sobre algo que realmente o irritou ou aborreceu. "Ogurkh me queime" é a expressão anã equivalente a “isto me deixa revoltado!”.

Paerth (pronuncia-se "PAIR-urth") — uma expressão de desgosto equivalente a palavrório, bobagem, ou algo que não possui nem uma mísera chance de acontecer!

Cacos! — um brando praguejar derivado da perda de uma gema ou de uma boa pedra trabalhada que se partiu em fragmentos. É a expressão equivalente ao dizer do mundo real “que droga!”, ou outra de significado similar.

Sprendle — um truque, uma brincadeira, ou uma orientação incorreta feita deliberadamente, especialmente se inofensiva e realizada com boa intenção ou se para prevenir um conflito.

Tarunter (às vezes "um completo tarunter") — uma palavra para descrever algo pretensioso ou cheio de minúcias (como elfos dançando e a maioria das celebrações de festivais humanos, ou etiqueta dos “narizes dourados”). Anões nunca aplicam esta palavra para costumes, vestimentas ou rituais religiosos, mesmo que em relação às crenças humanas que mal entendam ou que lhes pareçam complicadas a primeira vista.

Imberbe — conversa ou feitos tolos (um “imberbe” é um tolo, “totalmente imberbe” se refere a um anão louco). Anões nunca aplicam esta palavra para não-anões (porque, como uma velha piada anã diz, todos os não-anões podem ser seguramente considerados tolos até que provem o contrário, e tais provas aparecem somente para um punhado de indivíduos uma ou duas vezes por século). Às vezes, o que é um “bom imberbe” pode ser alguém desleixado ou perigoso.

Vellamorn — tesouro, valores, riquezas ocultas. Originalmente um eufemismo bobo para ouro usado nas rimas anãs e brincadeiras (deriva do nome de uma donzela anã fictícia de uma balada, que usava somente vestidos feito de moedas de outro unidas). Esta palavra se tornou um código para anões que querem discutir (por exemplo) sobre moedas de ouro sem falar “moedas de ouro” quando outros podem ouvir.

Então Azoun e Filfaeril, ainda na taverna que é muito mais que uma taverna, estão escutando um anão. Nossa próxima coluna revelará o que ocorre a eles depois — e mais


Para a continuação desse artigo,leia: A descendência de Azoun
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