A descendência de Azoun
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A descendência de Azoun
Por Ed Greenwood
Tradução por Ricardo Costa.
Tão silenciosos quanto fantasmas errantes, o Rei e a Rainha de Cormyr deixaram para trás o anão
que ouviram sem querer, até que sua voz rouca não pudesse mais se escutada.
Então foram eles para a parede mais distante da sala vazia, e Azoun cautelosamente abriu nela uma
passagem para observar um corredor bem iluminado que existia além.
Ele piscou...
...para seu próprio sósia – outro Rei Azoun IV, vestido em um dos conjuntos de túnicas ricas, calças
estreitas e botas que ele sempre vestia na corte. Mesmo os anéis familiares brilhavam em seus dedos.
Este Azoun fitou de volta com uma expressão crescente de raiva em sua face. “Quem é você”, ele
perguntou. “Eu paguei muito dinheiro por esta aparência, e Malagar garantiu-me que não iria alugar
outra fantasia de “Dragão Púrpura Coroado de Cormyr” para mais ninguém! Vai levar uma
eternidade para tirar esta barba bem colada, também! Então tire a sua fantasia neste instante!”.
Azoun piscou de novo, sorriu sarcástico e vagarosamente levou suas mãos ao seu colarinho para
começar a desatá-lo.
Foi quando Filfaeril chegou atrás de seu lorde e marido, pousou o braço no seu
ombro, e descansou o seu queixo nele para fitar o irritado falso Azoun.
O homem se avermelhou em grande fúria. “Oh, percebo o jogo de vocês! As duas fantasias juntas são
um produto diferente, hein!? Malagar me tomou como um tolo! Ou vocês dois trabalham aqui,
modelando todos estes disfarces?”
“Então, querida?”, perguntou Azoun. “O que vamos dizer ?”
"Você pode encontrar ofensas melhores!", confundiu o falso rei antes que Filfaeril pudesse dizer uma
só palavra.
"Você", Azoun disse para ele suavemente, "não é minha querida."
"Bem, isto é um alívio", murmurou sua rainha. "Eu odiaria pensar que eu tivesse em segundo plano
em relação a isso, durante todos estes anos”.
Ela fitou o olhar zangado do falso Azoun e disse simpaticamente, “Esta barba deve coçar terrivelmente”.
"E coça. Mas que são vocês? Eu não posso ir aos clubes fingindo ser o próprio Azoun a caçar e pegar
todas as moças que estiverem ao meu lado se alguém além de mim vai fingir da mesma forma! Eu vou
parecer um imbecil!”
"Vamos dizer a ele ", Filfaeril orientou o seu marido calmamente.
Muito tem sido dito, pelos anos afora, sobre o que um escriba de Suzail chamou de “as conquistas caprichosas de
mulheres” do Rei Azoun de Cormyr. “Um conquistador entre aspirantes”, expressou-se outro escritor sobre a carreira
romântica do monarca. Existe uma crença geral no reino (o que não é tão distante da verdade) que quase toda grande
família nobre – sem falar da pequena nobreza e dos plebeus — tem um pouco do sangue de Azoun em sua descendência.
Uma história muito recontada diz respeito a um “baile” de primavera na corte, onde jovens nobres e damas são
apresentados ao Rei pela primeira vez. Este é o “rito de passagem” deles na sociedade de Suzail, depois que passam
pela puberdade, são treinados em etiqueta e em quaisquer outros interesses para os quais tenham aptidão.
Suas famílias desejam que tenham o mais alto perfil, para que então possam obter conexões sociais e influência no reino.
É costume durante tais bailes, que os jovens sejam anunciados pelos arautos (por ordem de nascimento, com os mais velhos primeiro) e que estes desfilem, um por um, vestindo o seu traje mais fino, através da câmara do trono, diante do
rei entronado e todos aqueles que desejem comparecer. É também costumeiro que Vangerdahast esteja atrás do trono,
fitando firmemente cada um deles (e, segundo os rumores – corretos – coordenando mentalmente os Magos de
Guerra, que usam detecção, espionagem e feitiços capazes de gravar as imagens de cada jovem nobre).
É comum que muitos nobres lembrem Azoun de alguma forma, mas neste baile em particular, quase todos eles se parecem muito com o rei. O silêncio segue a última apresentação, antes que o rei levante-se para convidar os que estão reunidos nas câmaras de estado adjacentes para se banquetearem e encontrar o “resplandecente sangue novo e esperança do reino”.
Neste momento, ouviu-se claramente Vangerdahast fazer uma observação a Azoun, em tom cuidadosamente neutro –
“Moderação, meu soberano?”.
Por conta destes “hábitos reais”, Azoun tem muitos descendentes (às vezes chamados "Os bastardos do Dragão," ou
mais polidamente, "a Linhagem" pelos cormyrianos). Somente alguns, entretanto, foram abertamente e publicamente
reconhecidos como tais. Eles incluem:
• Malaglan Esporabrilhante (humano LB Chondathano Guer9/Ari2/Cav2; nobre): Um rapaz orgulhoso, de
temperamento quente, belo, ávido caçador e perseguidor de damas, leal e diligente em aprender como liderar
um dia sua casa nobre. Ele não tem cabeças para finanças e meia verdades diplomáticas, ficando impaciente
para “comprar logo o que quer” e “falar objetivamente”.
• Vorndren Longalança (humano CB Chondathano Guer6, For 17; não nobre): Um capitão espadachim dos
Dragões Púrpuras de Immersea respeitado pelos seus companheiros — fácil de se lidar, e aparentemente
contente por ser um bom guerreiro, ele é popular com os cidadãos locais por ser gentil e compreensível.
Vorndren é grande, bonito e parece com Azoun IV quando ele era jovem e estava barbeado.
• Wyndghallow "Wyn" Espalhestrelas (humano NB Chondathano Guer6/Ari4; nobre): Um homem simples,
com uma língua cínica e sarcástica, leal aos Obarskyres, mas avesso a sua própria herança e como ela fez os
Espalhestrelas mais velhos — seus tios e tias mortos agora — o tratarem. Ele teve vários encontros
desagradáveis com o Rei Azoun IV, que gosta muito dele, e recentemente foi recrutado por Laspeera para ser
um agente secreto da Coroa e futuro Ato Cavaleiro. Wyn ama irremediavelmente Laspeera e a Senhora Rainha
Filfaeril e agora se devota a enriquecer os Espalhestrelas através de investimentos.
Tavantra Indimber (humana CB chondathana Fet4/Ari6, Int 18, Sab 17; nobre): Uma jovem mulher simples, mas
astuta, possuidora de um longo cabelo negro, togas escuras e interesses em estudos. Ela raramente é vista na Corte ou
na sociedade. Tavantra é fortemente leal e uma agente Harpista. Ela é observada tão de perto pelos Magos de Guerra
(e sabe disto) que dificilmente vai além de observar e passar informes aos agentes que a visitam. Tavantra
incansavelmente deixa a cidade em direção ao interior, longe de olhos observadores, e pratica e aperfeiçoa sua magia.
Se ela prender seus cabelos para trás, ela parecerá misteriosamente com um jovem e barbeado Azoun IV.
"Todo mundo sabe" que os nobres Beliard Cormaeril, os irmãos Dauntryn e Delce Dauntinghorn, Brace Skatterhawk, e
Ondryn Espada de Trovão são filhos de Azoun, mas a Coroa (provavelmente para evitar problemas entre as poderosas
famílias nobres) nunca confirmou suas linhagens.
Os Obaskyres observaram a cor sumir lentamente da face do falso Azoun. Ele os fitava com os olhos
abertos em um terror crescente... e graciosamente tombou para colocar a sua face junto ao piso.
Ele teria feito, se o Verdadeiro Rei de Cormyr não tivesse gentilmente estendido seu braço forte e
pego o homem pelo peito, levantando-o gentilmente do assoalho.
“Daria tudo para saber o que você fez para as Sagradas Sune e Sharess, no seu berço”, disse a Rainha
Dragão notadamente ácida. “Agora até mesmo os homens caem por você”.
Conseguirão Azoun e Filfaeril dar o fora desta taverna? Ler atentamente nossa próxima coluna é a única maneira
para você descobrir.
Tradução por Ricardo Costa.
Tão silenciosos quanto fantasmas errantes, o Rei e a Rainha de Cormyr deixaram para trás o anão
que ouviram sem querer, até que sua voz rouca não pudesse mais se escutada.
Então foram eles para a parede mais distante da sala vazia, e Azoun cautelosamente abriu nela uma
passagem para observar um corredor bem iluminado que existia além.
Ele piscou...
...para seu próprio sósia – outro Rei Azoun IV, vestido em um dos conjuntos de túnicas ricas, calças
estreitas e botas que ele sempre vestia na corte. Mesmo os anéis familiares brilhavam em seus dedos.
Este Azoun fitou de volta com uma expressão crescente de raiva em sua face. “Quem é você”, ele
perguntou. “Eu paguei muito dinheiro por esta aparência, e Malagar garantiu-me que não iria alugar
outra fantasia de “Dragão Púrpura Coroado de Cormyr” para mais ninguém! Vai levar uma
eternidade para tirar esta barba bem colada, também! Então tire a sua fantasia neste instante!”.
Azoun piscou de novo, sorriu sarcástico e vagarosamente levou suas mãos ao seu colarinho para
começar a desatá-lo.
Foi quando Filfaeril chegou atrás de seu lorde e marido, pousou o braço no seu
ombro, e descansou o seu queixo nele para fitar o irritado falso Azoun.
O homem se avermelhou em grande fúria. “Oh, percebo o jogo de vocês! As duas fantasias juntas são
um produto diferente, hein!? Malagar me tomou como um tolo! Ou vocês dois trabalham aqui,
modelando todos estes disfarces?”
“Então, querida?”, perguntou Azoun. “O que vamos dizer ?”
"Você pode encontrar ofensas melhores!", confundiu o falso rei antes que Filfaeril pudesse dizer uma
só palavra.
"Você", Azoun disse para ele suavemente, "não é minha querida."
"Bem, isto é um alívio", murmurou sua rainha. "Eu odiaria pensar que eu tivesse em segundo plano
em relação a isso, durante todos estes anos”.
Ela fitou o olhar zangado do falso Azoun e disse simpaticamente, “Esta barba deve coçar terrivelmente”.
"E coça. Mas que são vocês? Eu não posso ir aos clubes fingindo ser o próprio Azoun a caçar e pegar
todas as moças que estiverem ao meu lado se alguém além de mim vai fingir da mesma forma! Eu vou
parecer um imbecil!”
"Vamos dizer a ele ", Filfaeril orientou o seu marido calmamente.
Muito tem sido dito, pelos anos afora, sobre o que um escriba de Suzail chamou de “as conquistas caprichosas de
mulheres” do Rei Azoun de Cormyr. “Um conquistador entre aspirantes”, expressou-se outro escritor sobre a carreira
romântica do monarca. Existe uma crença geral no reino (o que não é tão distante da verdade) que quase toda grande
família nobre – sem falar da pequena nobreza e dos plebeus — tem um pouco do sangue de Azoun em sua descendência.
Uma história muito recontada diz respeito a um “baile” de primavera na corte, onde jovens nobres e damas são
apresentados ao Rei pela primeira vez. Este é o “rito de passagem” deles na sociedade de Suzail, depois que passam
pela puberdade, são treinados em etiqueta e em quaisquer outros interesses para os quais tenham aptidão.
Suas famílias desejam que tenham o mais alto perfil, para que então possam obter conexões sociais e influência no reino.
É costume durante tais bailes, que os jovens sejam anunciados pelos arautos (por ordem de nascimento, com os mais velhos primeiro) e que estes desfilem, um por um, vestindo o seu traje mais fino, através da câmara do trono, diante do
rei entronado e todos aqueles que desejem comparecer. É também costumeiro que Vangerdahast esteja atrás do trono,
fitando firmemente cada um deles (e, segundo os rumores – corretos – coordenando mentalmente os Magos de
Guerra, que usam detecção, espionagem e feitiços capazes de gravar as imagens de cada jovem nobre).
É comum que muitos nobres lembrem Azoun de alguma forma, mas neste baile em particular, quase todos eles se parecem muito com o rei. O silêncio segue a última apresentação, antes que o rei levante-se para convidar os que estão reunidos nas câmaras de estado adjacentes para se banquetearem e encontrar o “resplandecente sangue novo e esperança do reino”.
Neste momento, ouviu-se claramente Vangerdahast fazer uma observação a Azoun, em tom cuidadosamente neutro –
“Moderação, meu soberano?”.
Por conta destes “hábitos reais”, Azoun tem muitos descendentes (às vezes chamados "Os bastardos do Dragão," ou
mais polidamente, "a Linhagem" pelos cormyrianos). Somente alguns, entretanto, foram abertamente e publicamente
reconhecidos como tais. Eles incluem:
• Malaglan Esporabrilhante (humano LB Chondathano Guer9/Ari2/Cav2; nobre): Um rapaz orgulhoso, de
temperamento quente, belo, ávido caçador e perseguidor de damas, leal e diligente em aprender como liderar
um dia sua casa nobre. Ele não tem cabeças para finanças e meia verdades diplomáticas, ficando impaciente
para “comprar logo o que quer” e “falar objetivamente”.
• Vorndren Longalança (humano CB Chondathano Guer6, For 17; não nobre): Um capitão espadachim dos
Dragões Púrpuras de Immersea respeitado pelos seus companheiros — fácil de se lidar, e aparentemente
contente por ser um bom guerreiro, ele é popular com os cidadãos locais por ser gentil e compreensível.
Vorndren é grande, bonito e parece com Azoun IV quando ele era jovem e estava barbeado.
• Wyndghallow "Wyn" Espalhestrelas (humano NB Chondathano Guer6/Ari4; nobre): Um homem simples,
com uma língua cínica e sarcástica, leal aos Obarskyres, mas avesso a sua própria herança e como ela fez os
Espalhestrelas mais velhos — seus tios e tias mortos agora — o tratarem. Ele teve vários encontros
desagradáveis com o Rei Azoun IV, que gosta muito dele, e recentemente foi recrutado por Laspeera para ser
um agente secreto da Coroa e futuro Ato Cavaleiro. Wyn ama irremediavelmente Laspeera e a Senhora Rainha
Filfaeril e agora se devota a enriquecer os Espalhestrelas através de investimentos.
Tavantra Indimber (humana CB chondathana Fet4/Ari6, Int 18, Sab 17; nobre): Uma jovem mulher simples, mas
astuta, possuidora de um longo cabelo negro, togas escuras e interesses em estudos. Ela raramente é vista na Corte ou
na sociedade. Tavantra é fortemente leal e uma agente Harpista. Ela é observada tão de perto pelos Magos de Guerra
(e sabe disto) que dificilmente vai além de observar e passar informes aos agentes que a visitam. Tavantra
incansavelmente deixa a cidade em direção ao interior, longe de olhos observadores, e pratica e aperfeiçoa sua magia.
Se ela prender seus cabelos para trás, ela parecerá misteriosamente com um jovem e barbeado Azoun IV.
"Todo mundo sabe" que os nobres Beliard Cormaeril, os irmãos Dauntryn e Delce Dauntinghorn, Brace Skatterhawk, e
Ondryn Espada de Trovão são filhos de Azoun, mas a Coroa (provavelmente para evitar problemas entre as poderosas
famílias nobres) nunca confirmou suas linhagens.
Os Obaskyres observaram a cor sumir lentamente da face do falso Azoun. Ele os fitava com os olhos
abertos em um terror crescente... e graciosamente tombou para colocar a sua face junto ao piso.
Ele teria feito, se o Verdadeiro Rei de Cormyr não tivesse gentilmente estendido seu braço forte e
pego o homem pelo peito, levantando-o gentilmente do assoalho.
“Daria tudo para saber o que você fez para as Sagradas Sune e Sharess, no seu berço”, disse a Rainha
Dragão notadamente ácida. “Agora até mesmo os homens caem por você”.
Conseguirão Azoun e Filfaeril dar o fora desta taverna? Ler atentamente nossa próxima coluna é a única maneira
para você descobrir.
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